Sentimentos que nos fazem sofrer
são torturantes e
incompreendidos por nós mesmos. Como pode o amor nos fazer sofrer, mesclado pela
saudade e as impossibilidades do ter. A tristeza do não poder e ser. Tantas
coisas não ditas por que podem ferir quem amamos, e que nos rotula de estranha,
sem que exista uma maneira de dizer coisas acontecidas, ou interferências que
existem na vida sem causar mais dores a quem amamos. O silêncio que dói e o grito calado, sem a
possibilidade de ser externado pelo bem do outro, que nos enjaula dentro de uma
existência muda e que oprime, sem ver uma janela de luz onde podemos alçar vôo.
O não saber do outro, da dor que nos vai à alma, e o sufoco da impossibilidade,
que quanto mais procuramos soluções, só vemos a teia de aranha nos enrolando e
prendendo mais, e a mentira de que tudo está bem sem estar. Dias que se arrastam
lentamente, e nos agarramos ao fio da mesma teia mortal por ver nela o último
resquício da utópica felicidade, saboreando as últimas gotas do néctar vital, e
ao mesmo tempo, mortal. Impossibilidades do ser. Lágrimas que deslizam dentro
de nossa alma envergada pela dor.
Dione Fonseca.
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