BALANÇO SEMANAL — 17 a 21/09/2012
- Semana foi marcada pela aprovação da MP 571 na Câmara dos Deputados e pelos preparativos para a 109ª Sessão do Conselho Internacional do Café, que ocorrerá em Londres, de 24 a 28 de setembro. No mercado, cotações recuam com mudança no clima, realizações de lucro e fortalecimento do dólar ante outras moedas.
CÓDIGO FLORESTAL — Iniciamos a semana participando da reunião semanal da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), na segunda-feira (17), quando alinhamos os esforços para a aprovação da MP 571, que trata do Código Florestal. A matéria foi aprovada pelo Plenário da Câmara no dia seguinte, corrigindo lacunas principalmente em relação à recomposição de áreas de preservação permanente (APPs).
De acordo com o novo texto, a recomposição de APP onde existir atividade consolidada anterior a 22 de julho de 2008 será menor para imóveis maiores, em relação ao previsto na MP original. O replantio também poderá ser feito com árvores frutíferas, tanto na APP quanto na reserva legal. Em vez de 20 metros, a APP em torno de rios com até 10 metros de largura poderá ser de 15 metros. A exigência menor abrange imóveis de até 15 módulos fiscais. Na MP original, o limite dessa faixa era de 10 módulos.
Nos casos de tamanho maior da propriedade ou do rio, o mínimo exigido de faixa de proteção passou de 30 para 20 metros e deverá atender a determinação do Programa de Regularização Ambiental (PRA), conduzido pelos estados. Agora, a matéria necessita ser votada pelo Senado antes do dia 8 de outubro, quando expira sua validade. Nesse sentido, o presidente da Casa, José Sarney, convocou os senadores para um esforço concentrado na terça e na quarta-feira da semana que vem, quando os parlamentares deverão avaliar o pleito.
REUNIÕES DA OIC — Esta semana também foi marcada pelos preparativos da delegação brasileira que participará da109ª SessãodoConselho Internacional do Café, promovida pela Organização Internacional do Café (OIC), em Londres, ao longo de toda a próxima semana (24 a 28 de setembro). Na pauta do encontro constam debates sobre a situação do mercado do café nos países membros e temas como o papel da entidade na promoção do consumo e na ampliação dos mercados.
Além da sessão do Conselho, a Organização promoverá um seminário para tratar do impacto da certificação na cadeia produtiva do café, com o objetivo de disponibilizar informações aos países membros a respeito dos impactos econômico, social e ambiental do processo certificador. Ainda em Londres, o Brasil apresentará a proposta de candidatura para o Estado de Minas Gerais sediar as comemorações do cinquentenário da Organização Internacional do Café, que acontecerá em setembro de 2013.
A delegação brasileira que irá a Londres é composta por:
— Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA
(José Gerardo Fontelles, Secretário de Produção e Agroenergia, e Edilson Martins de Alcantara, Diretor do Departamento do Café)
— Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa
(Gabriel Ferreira Bartholo, Gerente Geral da Embrapa Café, e Antônio Fernando Guerra, Gerente Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento)
— Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
(Carlos Eduardo Venturelli Mosconi e Ulysses Gomes, Deputados Estaduais)
— Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Minas Gerais
(Elmiro Alves do Nascimento, Secretário de Estado de Agricultura)
— Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA
(Breno Pereira de Mesquita, Presidente da Comissão Nacional do Café, Maurício Lima Verde Guimarães, Roberto Simões, SEBRAE/CNA, Alexandre Guerra de Araujo, SEBRAE/CNA, Thiago Siqueira Masson)
— Conselho Nacional do Café - CNC
(Silas Brasileiro, Presidente Executivo, Jaime Junqueira Payne, Assessor Técnico, Joaquim Libânio Ferreira Leite, Francisco Ourique e Lúcio Oliveira Silva)
— Associação Brasileira da Indústria de Café – ABIC
(Pedro Malta Campos e Maria Fernanda Peres Brando)
— Conselho dos Exportadores de Café do Brasil - CECAFÉ
(Guilherme Braga Abreu Pires Filho, Diretor-Executivo, e Carlos Henrique Jorge Brando, Consultor)
MERCADO — Nesta semana, acompanhamos o movimento negativo das cotações do café nas bolsas, o que, para o CNC, foi reflexo da mudança climática no Brasil, com a aproximação das chuvas no parque cafeeiro, da força do dólar frente a outras moedas, pressionado o mercado de commodities como um todo, e de realizações de lucro após os significativos avanços ocorridos na semana antecedente.
Como temos relatado nos informativos anteriores, adentramos no período pós-verão no Hemisfério Norte e as indústrias iniciam seu procedimento de compra, haja vista que vem trabalhando com estoques muito reduzidos. O Conselho Nacional do Café, ciente das oscilações a que o mercado está sujeito, mantém a recomendação para que os cafeicultores acompanhem os valores oferecidos e, cientes do seu custo de produção, realizem negócios à medida que os preços se apresentem remuneradores, mantendo essa estratégia vendedora bem definida, com oferta paulatina nas escalas de alta, o que inibe um processo de venda mais acentuado no curto prazo e uma consequente pressão sobre as cotações.
Atenciosamente,
Silas Brasileiro
Presidente Executivo do CNC
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