Que
seria de mim sem janelas?
Olho pela janela a vida.
Paisagens à frente.
Como marinheiro ao leme,
Inclino-me
sobre o horizonte.
Sonhos em meu rumo.
Mas não domino este leme.
O destino traça a meta.
Não segue minha bússola.
Minha mente quer o sul.
Mas
a vida segue o norte.
Busco
um mundo imaculável.
Presente apenas na mente.
Acho que queria estar em Pasárgada
Mas não encistem amigos do rei.
Olho o horizonte suspirando.
Não sei se vencerei...
O azul tomou conta da terra
Não
vejo vaga lumes e estrelas.
Apenas
a solidão do Cosmo.
E a sinfonia de meus pensamentos.
Nem mesmo existe o vento.
Parou o mundo de girar.
Aguardo
neste silêncio o grito.
De mudos sons do infinito.
Gerados pela alma conturbada.
Que doem em meus ouvidos.
Refugio a janela tentando ser liberdade.
E alçar por ela meu voo.
Azas
da Fênix renascendo
Breve
em sonhos mergulharei.
E de cinzas ressurgirei.
Dione
Fonseca
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