Ralph J. Hofmann
A morte de Oscar Niemeyer abre uma perspectiva de que a arquitetura nacional volte a crescer.
Durante mais de cinco décadas estivemos atrelados ao (duvidoso) gosto por este arquiteto que nunca devia ter sido tal. Suas obras se prestam mais a ser esculturas do que prédios onde se faça alguma coisa de proveitoso.
Enquanto isto jovens arquitetos brasileiros sempre foram preteridos nas grandes obras públicas. Sequer sabemos quem são os nossos arquitetos progressistas, pois apenas se fala em Niemeyer e seus assistentes.
Esta é uma situação irreal para um país do tamanho do Brasil. É inconcebível que não tivéssemos dez ou mais grandes arquitetos, provavelmente criando obras mais adequadas ao uso.
Está lançado um desafio. Não para um novo Niemeyer. Para novos Gaudí (Barcelona), I.M. Pei (Pirâmide do Louvre).
E por favor. Que os detentores do poder espalhem as obras entre mais de um arquiteto. Precisamos de uma geração completa em que haja dissidências.
O caldeirão cultural brasileiro pede diversidade.
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