Perda auditiva não tratada pode levar ao isolamento e à depressão
Surdez já afeta mais de 10 milhões de brasileiros, segundo o IBGE
Perceber
e aceitar a perda auditiva não é uma atitude fácil. Seja jovem, adulto
ou idoso, a constatação de que já não se ouve bem é sempre ruim. Por
isso, é preciso derrubar as barreiras contra o preconceito que os
próprios deficientes auditivos têm a respeito do uso de aparelhos
auditivos. É comum encontrarmos nas ruas pessoas usando óculos, sem
problema algum quanto à deficiência visual. No entanto, apenas 40% das
pessoas com perda auditiva reconhecem que ouvem mal. A falta de
informação quanto à modernidade das próteses auditivas atuais faz com
que a maioria demore, em média, seis anos para tomar uma providência.
“Não
há demérito algum em usar aparelho auditivo. Atualmente, existem
diversos tipos de aparelhos, com tecnologia digital, pequenos e quase
imperceptíveis, que não ofendem a vaidade de quem os usa. Alguns ficam
até mesmo invisíveis, pois são colocados dentro do canal auditivo. Por
que então não fazer uso dessa tecnologia para ouvir melhor, sentindo-se
mais confiante para conversar com familiares, amigos e colegas de
trabalho? O uso do aparelho contribui para melhorar a autoestima e a
qualidade de vida”, afirma a fonoaudióloga Isabela Carvalho, da Telex
Soluções Auditivas.
O
que geralmente as pessoas não percebem é que a perda auditiva prejudica
também o aspecto psicológico e social. A privação sensorial causada
pela perda auditiva gera um isolamento social devastador, além da
diminuição significativa das atividades cerebrais, comprometendo a
atenção, o entendimento de fala, a memória e ainda facilitando o
aparecimento das demências.
“A
família é fundamental no processo de aceitação da perda auditiva e na
recuperação, no resgate dos sons, pois o deficiente auditivo que não usa
próteses passa a se isolar, primeiramente, da vida social e, depois,
dos familiares. Alguns dos sintomas mais comuns na surdez são
irritabilidade e agressividade”, destaca a fonoaudióloga.
Pesquisadores
da Universidade Johns Hopkins (EUA) constataram na prática essa triste
realidade. Estudo realizado com idosos confirmaram que há uma correlação
entre perda de audição não tratada e problemas de saúde física,
emocional e mental na terceira idade. Os resultados mostraram que, dos
idosos que tinham perda auditiva não tratada, 32% haviam sido
hospitalizados e 36% deles tinham uma probabilidade maior de sofrer
danos e doenças nos dez anos seguintes. Eles também eram 57% mais
suscetíveis a sofrer estresse profundo, depressão ou mau humor.
À
medida em que você envelhece, as células ciliadas da orelha interna
começam a morrer, mas há pessoas que perdem a audição mais cedo e mais
rápido do que outras. Muitos começam a sentir dificuldades para ouvir
quando estão na faixa etária dos 30 a 40 anos; e pesquisas revelam que
quase a metade da população deficiente auditiva ainda é economicamente
ativa.
“Quando
a indicação é o uso de aparelho auditivo, alguns se sentem punidos por
isso. Infelizmente, muitas vezes, quando a pessoa procura tratamento, o
caso já ficou mais grave. Com o decorrer dos anos, a deficiência atinge
um estágio mais avançado. Nos idosos, a perda auditiva ocorre, na
maioria das vezes, em razão de mudanças degenerativas naturais do
envelhecimento, chamada de presbiacusia”, explica Isabela Carvalho.
Ao
sentir alguma dificuldade para ouvir, o melhor é procurar um médico
otorrinolaringologista para avaliar a causa, o tipo e o grau da perda
auditiva. A partir do resultado dos testes, como o de audiometria, será
indicado o tratamento mais adequado. O uso do aparelho auditivo é o
suporte necessário nesses casos.
“Ouvir
uma música, acompanhar as novelas, o noticiário na TV, conversar com
amigos e parentes, tudo isso é muito importante para o idoso se sentir
estimulado para a vida. O uso do aparelho não só ajuda a restaurar a
audição como devolve a alegria de viver. A qualidade de vida dá um
salto. Por isso, os familiares devem dar o primeiro passo, ajudando os
mais velhos a procurar logo uma ajuda médica”, conclui a fonoaudióloga
da Telex.
Mais informações:
Assessoria de imprensa da Telex Soluções Auditivas
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