O
estudo anual "Situação da População Mundial”, realizado pelo Fundo de População
das Nações Unidas (UNFPA), mostra que já são 3,2 milhões de abortos ilegais
entre adolescentes de 15 a 19 anos nos países em
desenvolvimento.
A pesquisa mostra que o aborto é uma
das consequências da gravidez na adolescência. Todos os dias 20 mil meninas, com
menos de 18 anos, dão à luz em países em desenvolvimento. Outras consequências
da gravidez precoce são mudanças na educação, saúde e oportunidade de
emprego.
A presidente do Conselho Regional de
Serviço Social do Estado de São Paulo (CRESS-SP), Eloísa Gabriel dos Santos,
acredita que também é obrigação do governo a orientação, educação e
disponibilidade de métodos contraceptivos para todas as mulheres antes da opção
do aborto. “O Estado tem o poder de garantir os diretos das mulheres e evitar
filhos, por meio de métodos anticonceptivos acessíveis e seguros para saúde e no
caso extremo pela assistência ao aborto legal na rede pública”,
comenta.
Estima-se que 70 mil adolescentes em
países em desenvolvimento morrem a cada ano por complicações durante a gravidez
ou durante o parto. Para Eloísa, se o Estado oferece o procedimento muitas
mortes seriam evitadas. “Entendo o aborto como um direito da mulher, pois ela
tem o direito de decidir sobre seu corpo. Cabe também ao Estado assumir sua
responsabilidade da reprodução humana garantindo políticas universais que
envolvem os cuidados com as crianças como escolas, creches, saúde pública de
qualidade, direito ao lazer e a uma vida plena e criativa”,
finaliza.
Informações
à imprensa
RS Press
RS Press
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Coloque sua opinião, este blog está a serviço de todos