sábado, 2 de novembro de 2013

Número de abortos inseguros entre adolescentes já ultrapassa 3 milhões



O estudo anual "Situação da População Mundial”, realizado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), mostra que já são 3,2 milhões de abortos ilegais entre adolescentes de 15 a 19 anos nos países em desenvolvimento.
A pesquisa mostra que o aborto é uma das consequências da gravidez na adolescência. Todos os dias 20 mil meninas, com menos de 18 anos, dão à luz em países em desenvolvimento. Outras consequências da gravidez precoce são mudanças na educação, saúde e oportunidade de emprego.
A presidente do Conselho Regional de Serviço Social do Estado de São Paulo (CRESS-SP), Eloísa Gabriel dos Santos, acredita que também é obrigação do governo a orientação, educação e disponibilidade de métodos contraceptivos para todas as mulheres antes da opção do aborto. “O Estado tem o poder de garantir os diretos das mulheres e evitar filhos, por meio de métodos anticonceptivos acessíveis e seguros para saúde e no caso extremo pela assistência ao aborto legal na rede pública”, comenta.
Estima-se que 70 mil adolescentes em países em desenvolvimento morrem a cada ano por complicações durante a gravidez ou durante o parto. Para Eloísa, se o Estado oferece o procedimento muitas mortes seriam evitadas. “Entendo o aborto como um direito da mulher, pois ela tem o direito de decidir sobre seu corpo. Cabe também ao Estado assumir sua responsabilidade da reprodução humana garantindo políticas universais que envolvem os cuidados com as crianças como escolas, creches, saúde pública de qualidade, direito ao lazer e a uma vida plena e criativa”, finaliza.

Informações à imprensa
RS Press

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Coloque sua opinião, este blog está a serviço de todos