Os cuidados com a pele na estação mais fria do ano não devem ser deixados de lado. A ação dos raios ultravioleta é praticamente a mesma e as nuvens filtram de 10 a 15% da radiação
No verão, as campanhas para prevenção contra o câncer de pele são intensas, mas quando chega o inverno, pouco se fala sobre o assunto. A exposição excessiva ao sol é o principal fator de risco para o surgimento dos cânceres da pele e os cuidados não podem ser deixados de lado. Isso porque a ação dos raios ultravioletas é praticamente a mesma em ambas as estações , o que muda é a intensidade devido a presença maior de nuvens, que filtram em torno de 10 a 15% da radiação.
Diferenças entre carcinomas e melanomas - Os mais conhecidos tipos de câncer de pele são carcinomas e melanomas. Os primeiros têm crescimento lento, são localmente invasivos e raramente resultam em óbitos. Apresentam altas taxas de cura se tratados de forma adequada e precoce.
Já no segundo caso são menos frequentes, porém considerados mais graves por geralmente resultarem em metástase. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, estima-se que em 2012 serão 6.230 novos casos no Brasil. Em 2009, 1.392 pessoas morreram por causa da doença. “Ainda que o melanoma seja uma doença de adultos, a exposição solar na infância e adolescência parece ser um dos principais fatores de risco. O padrão de exposição também é característico: o melanoma está associado a queimaduras solares agudas e intermitentes”, explica o oncologista Dr. Rafael Schmerli ng, do Hospital São José.
A primeira forma de proteção é evitar o sol, usar bloqueador solar várias vezes ao dia, mesmo quando exposto apenas à luz artificial e na praia dar preferência aos chapéus e roupas especiais que não deixam passar os raios ultravioletas.
Um dos principais grupos de risco para o melanoma são os de pele e olhos claros, assim como quem possui muitas pintas e sardas. Também deve ser levado em conta o histórico familiar, quanto maior for o grau de parentesco, maiores as chances de desenvolver a doença.
Prevenção e Tratamento - Se a pessoa não se protegeu ao longo da vida, é preciso ficar atento aos sinais da doença para obter o diagnóstico precoce, já que no Brasil cerca de 20 a 25% dos casos o paciente apresenta a doença na forma metastática. “O melanoma tem essa capacidade de invadir outros órgãos como pulmão, fígado e até o cérebro”, comenta Schmerling.
Mesmo em situações de doenças metastáticas com terapêuticas bastante complexas é possível curar uma parcela desses pacientes. São tratamentos de alta complexidade, os chamados tratamentos imunoterápicos, com substâncias que o nosso próprio organismo produz à base de interleucina-2 em altas doses, como explica o oncologista. “Mesmo aqueles que não são curados podem conseguir o controle da doença, preservando sua qualidade: muitos inclusive continuam a trabalhar”, resume o médico.
FIQUE DE OLHO NA PELE
O oncologista Rafael Schmerling resume os sinais dos carcinomas e melanomas:
Carcinomas – lesões rosas, com borda ligeiramente elevada. Pode ser ainda um nódulo brilhante, mancha avermelhada, ou até mesmo uma ferida aberta que sangra com saída de secreção.
Melanomas – apresenta-se em forma de pinta e normalmente é diferente das outras. É maior, tem a borda assimétrica e o fator mais importante é o crescimento. Se a pinta está crescendo, seja em elevação ou extensão, precisa ser avaliada imediatamente
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Coloque sua opinião, este blog está a serviço de todos