No Dia do Pediatra, especialista alerta para a importância da vacinação na infância e o impacto na vida adulta
Especialistas
são unânimes em apontar a vacina como uma alternativa valiosa na
prevenção de doenças graves que podem se manifestar em todas as fases da
vida. De acordo com dados da Organização das
Nações Unidas (ONU), a vacinação é responsável por evitar até três
milhões de mortes por ano no mundo. Entretanto, apesar de ser um
conceito difundido, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 22
milhões de crianças ainda não recebam imunização contra
doenças que podem ser prevenidas. Para entender melhor o assunto que
envolve a saúde pública da população, o infecto-pediatra Marco Aurélio
Sáfadi, presidente do Comitê de Pesquisa Clínica da Sociedade
Latino-Americana de Infectologia Pediátrica (SLIPE), esclarece,
no Dia do Pediatra (27 de julho), as principais questões que envolvem o tema:
1 - Mito: a vacinação é um mecanismo de proteção com foco infantil
A imunização começa na infância, entretanto, é um processo que deve seguir em todas as fases da vida, até a terceira idade, com o objetivo principal de prevenir doenças graves, sequelas e evitar mortes.
A imunização começa na infância, entretanto, é um processo que deve seguir em todas as fases da vida, até a terceira idade, com o objetivo principal de prevenir doenças graves, sequelas e evitar mortes.
2-
Verdade: as vacinas combinadas, administradas a partir dos 60 dias de
vida, iniciam a proteção do bebê contra mais de um tipo de doença
Chamada
de vacina combinada, este tipo de imunização garante, com em uma
picada, proteção ao bebê contra várias doenças, entre elas coqueluche,
tétano,
Hepatite B, doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae
b, paralisia infantil e difteria. Os pais devem estar atentos às doses
subsequentes da vacina, que devem ser feitas com quatro e seis meses. O
primeiro reforço entre 15 e 18 meses e
o segundo reforço entre quatro e seis anos.
3
- Verdade: o Calendário Básico de Vacinação do Brasil é definido pelo
Programa Nacional de Imunizações (PNI) e corresponde ao conjunto de
vacinas consideradas de interesse prioritário à saúde pública que são
distribuídas gratuitamente da infância à terceira idade
Vale a pena enfatizar que o PNI é um dos mais completos do mundo, contemplando a grande maioria das vacinas hoje disponíveis.
5 - Mito: uma vez imunizado, o indivíduo está protegido por toda a vida contra a doença para a qual a vacina se propõe
Para algumas vacinas, sem as doses de reforço, a proteção acaba comprometida. Algumas vacinas tem uma duração limitada de proteção. O ideal é ter atenção às doses subsequentes, pois elas é que garantirão a manutenção e eficácia de proteção.
Para algumas vacinas, sem as doses de reforço, a proteção acaba comprometida. Algumas vacinas tem uma duração limitada de proteção. O ideal é ter atenção às doses subsequentes, pois elas é que garantirão a manutenção e eficácia de proteção.
6
- Verdade: seguir a carteira de vacinação da infância à fase adulta é
sinônimo de proteção contra o aparecimento de várias doenças como:
paralisia infantil, tétano, difteria, sarampo, coqueluche (tosse
convulsa), rubéola, gripe, meningite, hepatite, pneumonia e até contra
alguns tipos de câncer
Os
benefícios da imunização em dia vão além da prevenção de enfermidades
graves. O câncer do colo do útero, segundo mais prevalente entre as
mulheres,
atrás apenas do de mama, pode ser prevenido via vacinação contra o HPV.
7 - Mito: os prematuros não podem receber vacinas
A imunização adequada para a criança precoce — mais suscetível a problemas de saúde em comparação ao que nasceu no tempo certo,
por exemplo, protege contra doenças respiratórias importantes e garantem a saúde do bebê.
8-
Verdade: existe um calendário específico para as pessoas que trabalham
em segmentos nos quais o risco de contrair determinadas infecções
é maior
Trata-se do chamado calendário ocupacional que é recomendado, segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), para vários profissionais, incluindo: médicos, enfermeiros, veterinários, garçons, guias de turismo, mergulhadores, salva-vidas e muitos outros.
Trata-se do chamado calendário ocupacional que é recomendado, segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), para vários profissionais, incluindo: médicos, enfermeiros, veterinários, garçons, guias de turismo, mergulhadores, salva-vidas e muitos outros.
9 – Mito: se a carteira de vacinação estiver atualizada, o indivíduo não precisa se preocupar antes de uma viagem
Existem vacinas específicas, obrigatórias e recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para quem vai viajar para determinadas regiões e países de todo o mundo. Por isso, assim que o destino for conhecido, o ideal é a pessoa se informar, com a maior antecedência possível, sobre as exigências de vacinação do local visitado. Isso porque muitas vacinas, após a sua administração, levam um tempo para começar a conferir proteção ao individuo vacinado.
Existem vacinas específicas, obrigatórias e recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para quem vai viajar para determinadas regiões e países de todo o mundo. Por isso, assim que o destino for conhecido, o ideal é a pessoa se informar, com a maior antecedência possível, sobre as exigências de vacinação do local visitado. Isso porque muitas vacinas, após a sua administração, levam um tempo para começar a conferir proteção ao individuo vacinado.
10 - Verdade: em alguns casos, os pais ou cuidadores são os principais agentes transmissores de doenças aos filhos
Isso
ocorre, por exemplo, com a coqueluche, infecção respiratória de
contágio pela fala, tosse ou espirro, que no ano passado teve
um aumento de 97% no número de casos no Brasil. Para as crianças, a
primeira dose da vacina é recomendada aos dois meses de vida.
Entretanto, para aumentar a proteção e garantir a saúde do bebê, a
partir deste ano, as gestantes já devem ter direito à imunização
gratuita, o que garantiria a transmissão de anticorpos protetores da
mãe para o filho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Coloque sua opinião, este blog está a serviço de todos