A INFLUÊNCIA DA TECNOLOGIA PARA OS OLHOS
Uso de aparelhos tecnológicos em excesso pode ser prejudicial à visão
Você
trabalha diante de um computador o dia inteiro, está sempre checando as
redes sociais no celular e, quando está em casa, assiste TV, joga
videogame e acompanha as principais notícias do dia no tablet? Cada vez
mais os recursos tecnológicos estão à disposição no mercado e, muitas
vezes, inseri-los no nosso dia a
dia facilita diversas tarefas. No entanto, é preciso ficar atento. O uso
contínuo dessas tecnologias em excesso pode ser prejudicial à visão.
Segundo o oftalmologista Richard Yudi Hida,
a exposição prolongada a aparelhos eletrônicos pode acarretar alguns
sintomas como dores de cabeça, irritação nos olhos e fadiga. “Após o uso
continuo e exagerado desses aparelhos, é natural que o individuo sinta
sintomas temporários de cansaço visual, que consiste em dor de cabeça,
lacrimejamento, ardência, incômodo à luz, oscilação da visão e sensação
de peso nas pálpebras. Porém, acredita-se que esses danos são
temporários e melhoram quando se descansa o corpo. Não existem
evidências de que as consequências possam ser irreversíveis”, ressalta.
Comum na sociedade moderna,
a Síndrome da Visão Cansada é causada pela fixação das vistas na tela
dos aparelhos que emitem luz durante muito tempo. "Quando o usuário não
pisca, a córnea fica ressecada e desprotegida, o que gera os sintomas
citados anteriormente. Juntando fatores como ar condicionado, poluição e
muitas horas de trabalho, muitos podem desenvolver um quadro chamado de
olho seco evaporativo, podendo causar sintomas que podem atrapalhar na
suas atividades diárias", explica o especialista.
O
cansaço é uma reação natural à tensão a que os olhos são submetidos, já
que é preciso forçá-los para ter foco e enxergar imagens definidas em
pontos pequenos. Em geral, não se trata de algo grave, mas é preciso
estar atento. "Em crianças e adolescentes a vista cansada pode estar
relacionada com dores de cabeça e dificuldade em se concentrar na sala
de aula. Já em pessoas com mais de 50 anos, o problema pode estar
relacionado a outras doenças relacionadas com a idade, como catarata,
degeneração macular entre outros”, alerta.
VISÃO E LUMINOSIDADE
Presente
na maioria dos celulares, a luz azul ajuda a regular o relógio
biológico, chamado de circadianismo ou ciclo circadiano. O nosso
“relógio biológico” é responsável por “organizar” nosso corpo para
entender o que é dia e o que é de noite. Contudo, alguns estudos já
mostraram que a exposição a essa luz em excesso durante a vida toda –
não só de celulares, mas de computadores, tablets e televisores – pode
causar degeneração macular, uma das principais causas da cegueira. Ao
mesmo tempo, o seu corpo pode não entender que precisa descansar se não
for exposto à luz azul, causando insônia em alguns indivíduos.
Evitar
a luz azul é quase impossível, já que estamos expostos constantemente à
luz solar e à artificial, mas cuidar da saúde dos olhos é essencial.
“Pequenas práticas cotidianas podem fazer toda a diferença. Se expor a
luz azul no início do dia, de preferência à luz do dia pode fazer com
que seu corpo entenda que precisa “acordar” e aumentar o metabolismo
corporal geral. É importante lembrar que não se deve olhar diretamente
para o sol, apenas ficar exposto à luminosidade do dia. À noite, evitar
ou diminuir o uso de aparelhos que emitam luz azul (tablet, televisores,
celulares, etc.). Caso não consiga evitar ou diminuir o uso desses
aparelhos, sugere-se o uso de filtros de luz azul nos óculos para evitar
que altere no ciclo circadiano e tenha insônia”. Tais achados são
resultados de várias pesquisas realizadas ao redor do mundo para
esclarecer possível impacto na sociedade moderna.
Sobre Dr. Richard Yudi Hida
Dr.
Richard Yudi Hida é um dos maiores cirurgiões oculares reconhecido
mundialmente. Há quase 20 anos, Dr. Richard Yudi Hida atua na área de
oftalmologia clínica e cirúrgica, no tratamento das mais variadas
doenças visuais. O profissional é especializado em oftalmologia pelo
Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo. Foi Fellow nas 2
melhores Universidades do Japão (Keio University- School of Medicine e
Kyorin University) onde dominou várias áreas da oftalmologia cirúrgica.
Atualmente, é chefe do Setor de Catarata do Departamento de Oftalmologia
da Santa Casa de São Paulo, responsável por cerca de 500 cirurgias por
mês. É também diretor técnico do Banco de Tecidos Oculares da Santa Casa
de Misericórdia de São Paulo, responsável por coordenar a distribuição
de tecidos oculares para transplante desta instituição. O profissional
ainda é membro da equipe de Transplante de Córnea da Santa Casa de São
Paulo. É médico voluntário, colaborador e membro do Grupo de Estudo em
Superfície Ocular do Departamento de Oftalmologia da Universidade de São
Paulo (USP), responsável por orientar inúmeras pesquisas internacionais
sobre tratamento e diagnóstico de doenças da superfície ocular.
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