Dr. Armando Fortunato pede que Prefeitura denuncie contrato com a
Copasa
Receio de vereadores é que contrato seja renovado automaticamente e não
ocorra uma negociação prévia de preços e serviços
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No final deste ano
vence o atual contrato do município de Varginha com a Copasa – Companhia de
Saneamento de Minas Gerais – e caso a Prefeitura não encaminhe um projeto para
ser votado na Câmara, com um novo contrato que fixe os novos moldes para
continuar a prestação do serviço, automaticamente a Copasa reassume o
abastecimento de água e o tratamento de esgoto de Varginha.
Tal atitude vem
sido combatida desde o início do ano pelos vereadores da atual legislatura. Eles
batalham para que o prefeito compartilhe com o Legislativo a responsabilidade de
decidir, baseados em dados, o melhor serviço para atender à
população.
Prova disso é que
na primeira reunião ordinária da Câmara de Varginha, ainda em fevereiro, o
vice-presidente da Casa, vereador Dr. Armando Fortunato pediu que fosse
realizado um estudo comparativo, por meio de consultoria especializada, que
analisasse os serviços prestados pela Copasa e por um Serviço Autônomo de Água e
Esgoto – Saae. À época, o vereador justificou seu pedido afirmando que decidir
os rumos do abastecimento de água e o tratamento de esgoto do município era
complexo e, sendo assim, era necessário que os vereadores estivessem respaldados
com o maior número de informações possíveis. “Como a responsabilidade da
renovação deste contrato poderá perdurar por dezenas de anos e os desacertos e
as competências recaírem sobre esta Casa Legislativa, faz-se necessário maior
planejamento e estudos criteriosos, convincentes e bem fundamentados sobre esse
estudo técnico e financeiro”, afirmou Dr. Armando.
O vereador
Reginaldo Tristão também buscou informações sobre o assunto ao apresentar na
Câmara, em 27 de fevereiro de 2013, um requerimento com vários questionamentos
sobre o contrato vigente e sobre o que aconteceria caso não ocorresse uma
renovação. “Uma das atribuições dos membros desta Casa Legislativa é fiscalizar
e com o iminente encerramento do contrato do Município com a Copasa, precisamos
estar atentos a todos os detalhes que envolvem essa situação”, explicou o
vereador.
O referido
contrato também foi tema de questionamentos do vereador Henrique Lemes em um
requerimento, apresentado no mês de abril. “É preciso saber se será cobrado
apenas o que realmente é consumido pelo usuário, se irá reduzir o valor do
tratamento de esgoto, se o valor das tarifas vai abaixar, enfim, caos a Copasa
continue, se a prestação do serviço vai melhorar, atendendo às reclamações, que
são diversas, feitas pela população”, disse o vereador.
Além disso, em
quase todas as reuniões ordinárias os vereadores pedem que o Poder Executivo
amplie a discussão sobre o assunto, para que o povo também possa opinar e ajude
a decidir um assunto tão importante.
ESTUDO
Na última reunião
da Câmara, no dia 11/09, o vereador Dr. Armando Fortunato voltou a levar o
assunto ao Plenário. Agora, com os dados da consultoria realizada em mãos. O
vice-presidente solicitou que o estudo fosse encaminhado ao prefeito Antônio
Silva e pediu, novamente, que ocorra a denúncia do contrato. “Precisamos
discutir esse assunto, não podemos permitir uma renovação automática sem
analisar dados e ouvir a população. Eu já propus a realização de um plebiscito
para que o povo demonstre sua vontade e para que façamos uma escolha
participativa. Ainda que seja considerado as garantias que a Copasa tem
disponibilizado às diversas cidades mineiras, não pode ser descartada a
implantação de um Saae aqui em nossa cidade”, disse o vereador.
Dr. Armando também
fez questão de ressaltar que o resultado do estudo aponta para uma qualidade de
serviço não satisfatória, tendo em vista um alto valor cobrado em comparação a
uma baixa contrapartida da Copasa. “A Copasa arrecada bastante, mas não investe
na mesma proporção em Varginha. Outra questão é a qualidade do serviço, que
pelos dados que recebemos, não é tão excelente assim”, disse.
Sendo assim, o
vice-presidente reforçou a importância do prefeito ter acesso a esse estudo
encomendado pela Câmara e que torne participativo o assunto em pauta. “Nossa
intenção é colaborar. É muito importante analisar outras possibilidades, mas
principalmente promover uma melhor negociação com a atual concessionária para a
redução dos valores das tarifas, além da promoção de maiores investimentos de
caráter social e de Empresa Cidadã em prol dos nobres interesses da população da
nossa cidade”.
O estudo
comparativo foi enviado pela Câmara para a Prefeitura de
Varginha.
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