terça-feira, 22 de maio de 2012

Meu coração me faz ver

Meu coração me faz ver.




O manto cinza da noite despontando no horizonte. O sol com seus cavalos de fogo partindo dando um saudoso adeus a terra. Seus olhos acinzentados pelo manto da noite olham para traz tristemente na esperança de ver ou vislumbrai sua amada lua.

Neste momento a terra se colore de um vermelho intenso. É a paixão do deus sol espelhando na terra os anseios de seu coração pela amada.

Após o cortejo surge entre os céus acinzentados, serena, bela e altiva a rainha dos poetas e menestrel e adorada pelo seu amado sol a deusas lua. No céu vagueia lentamente, sempre indo em direção ao seu amado. E com o passar das horas ela triste deixa suas lágrimas escorrerem pela sua alva pele e banharem a terra com o orvalho de seus olhos.

Cai sobre a terra o sereno, lágrimas de amor que se juntam ao sereno da lua. Lagrimas dos amantes separados, distantes e incompletos.

Minhas lágrimas se misturam a este oceano de amor e procura.



Procura pelos beijos e suspiros de noites presentes na memória, ainda vivos, mas já no passado. A ontem esta tão distante quanto o futuro. Apenas o presente solitário e dolorido de amantes que procuram no infinito, em suas almas a oração que toque o Criador e atenda suas preces. Orações do passado que se tornam novamente presentes. Tão sofridas e desejadas horas passadas. Sofrida por tentar revi velas.

Abençoadas por trazerem o céu na terra quando acontecidas. E a oração sobe aos céus em formato de sol e lua. Esperando que realise o desejo do ser partido, metade do coração no passado, metade no futuro almejado de rever e reviver momentos tão amados.

Gosto de mar nas papilas, mel na mente e no coração a saudade. Sobem ao infinito no cair das estrelas a prece santificada pela pureza dos sentimentos presentes.

E o grito da alma alcança o infinito:

Por favor, me deixe viver meu amor. Amém.

As últimas estrelas caem na terra e o sol brilha.

Novo dia sem você.
Uma dor me corta o coração
e a lágrima molha minha face.

Dione Fonseca, noite. 22/05/2012

2 comentários:

  1. Olá Dione, lindo poema, mas um tantinho melancólico, desejo que só o poema seja melancólico, mas que sua vida seja simplesmente muito alegre e feliz...beijinhos no coração

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  2. Normal Tereza com dias melancólicos, outros alegres. felicidade sempre tem e as lutas também. Obrigada pelo comentario. Um lindo dia e muitas alegrias.

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