Peeling químico rejuvenesce o rosto
Tratamento reduz rugas, manchas e sulcos da pele da face através da aplicação de ácidos.
Rugas, manchas, cicatrizes e sulcos são algumas das consequências que o sol, o vento, o processo de envelhecimento, as alterações hormonais e as características genéticas podem causar na pele, em especial no rosto. “Existem diversos tratamentos para recuperar a saúde e a aparência da pele. Um dos procedimentos que caíram na preferência das mulheres é o peeling químico. A técnica consiste em aplicar uma solução na pele que retira as células mortas e estimula a produção de novas células, renovando a pele”, explica o cirurgião plástico Alderson Luiz Pacheco, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
O principal objetivo do peeling químico é fazer uma descamação controlada da pele, retirando as camadas de células danificadas. De acordo com os resultados que se deseja alcançar e com as condições da pele é feita a aplicação do ácido em diferentes intensidades e concentrações. “A pele deve ser limpa antes do procedimento. O ácido é aplicado até que apareça uma área branca, chamada de frost, então é feita a aplicação de um neutralizador e a pele é protegida da luz. O uso de protetor solar é fundamental e pode ser necessário o uso de hidratante de acordo com o nível de ressecamento da pele”, esclarece.
Para o peeling de intensidade fraca é utilizado o ácido Retinoico, para a intensidade intermediária é usado o ácido tricloro acético, também conhecido como TCA ou ATA, e para um tratamento mais profundo é utilizado o ácido Fenol. “O número de sessões pode variar conforme o caso. Com o ácido Retinoico a aplicação deve ser feita por 30 dias em casa. Se o ácido utilizado for o TCA, o recomendado é aplicar a substância duas vezes no intervalo de 30 dias por um profissional especializado. Já o Fenol não exige reaplicação e também deve ser manuseado somente no consultório ou centro cirurgico”, observa o médico.
O peeling leve e moderado não exige internação e o paciente pode sentir a sensação de ardência e queimação alguns minutos após a aplicação, mas que desaparece naturalmente. “Dependendo da intensidade o paciente deve reservar pelo menos cinco dias para a recuperação. Há dor leve que é tratada com analgésico, mas a pele fica com aparência de queimadura solar. Quanto mais profundo for o procedimento, mais cuidados são necessários durante a recuperação. A intensidade do tratamento determina os resultados e os riscos do peeling”, destaca.
Os cuidados após as sessões são fundamentais para que os resultados sejam satisfatórios e não haja efeitos colaterais – alguns são irreversíveis. “Deve-se evitar completamente o sol, o vento e o frio. A última camada da pela é formada pela melanina, componente responsável pela coloração da pele. Caso o sol entre em contato com esta camada e destrua essas células a pele ficará manchada definitivamente, pois estes melanócitos não conseguem se regenerar”, ressalta Pacheco.
O preço do tratamento varia e pode custar de R$ 500,00 até R$4.000,00. O peeling tem resultados positivos em praticamente todos os tipos de pele, sendo em alguns os efeitos são mais visíveis. “O peeling superficial e o médio beneficiam mais quem possui rugas apenas ao movimentar a face e a pele amarelada, com sinais de dano solar precoce, ou rugas mesmo com o rosto em repouso, com idade entre 30 e 65 anos e o surgimento de pequenos vasos sanguíneos”, acrescenta.
Os resultados podem ser duradouros dependendo dos hábitos de vida do paciente e dos cuidados com a pele. O fumo, a exposição prolongada ao sol, ao vento e ao frio e a falta de hidratação da pele podem prejudicar os efeitos da técnica. “É imprescindível a manutenção do tratamento, que se dá a partir dos cuidados básicos com a pele, como o uso constante de filtro solar e hidratação diária, além da adoção de hábitos de vida saudáveis”, completa.
Doutor Alderson Luiz Pacheco (CRM-Pr 15715)
Cirurgião Plástico
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