segunda-feira, 18 de abril de 2011

Mamografia tomográfica aumenta em 12% a detecção do câncer de mama

Mamografia tomográfica aumenta em 12% a detecção
 do câncer de mama

Recentemente aprovada pelo FDA (órgão governamental que regula remédios, procedimentos, equipamentos e alimentos nos Estados Unidos), a mamografia tomográfica – ou tomossíntese – é capaz de aumentar ainda mais a detecção precoce do câncer de mama, em relação à mamografia digital.

No Brasil, o exame vem sendo realizado há um ano no CDB Premium, em São Paulo. O primeiro equipamento instalado na América do Sul já permitiu que a avaliação dos resultados dos 818 exames realizados entre maio e dezembro de 2010 fosse apresentada pelo médico radiologista Aron Belfer no Congresso Europeu de Radiologia, em Viena (Áustria). Houve um aumento de 12% na detecção da doença.
“Um dos grandes avanços para a detecção precoce do câncer de mama, aliado à mamografia digital, é a mamografia tomográfica. O exame tomográfico, ou a tomossíntese, é muito semelhante à mamografia convencional e é feita no mesmo tipo de mamógrafo, fazendo com que a mama permaneça comprimida por mais alguns segundos e fornecendo então essas imagens tomográficas”, diz Belfer. 
De acordo com a doutora Vivian Schivartche, especialista no diagnóstico da mama, alguns estudos apontam que a mamografia por tomossíntese detecta entre 7% e 17% mais câncer de mama que a mamografia  convencional. Na opinião da médica, a vantagem dessa nova técnica é que ela possibilita enxergar o câncer numa fase muito precoce e em mamas densas e heterogêneas, que são difíceis para a mamografia convencional.
“Muito precoce significa tumores menores  de um centímetro. Na mamografia tradicional, dependendo da densidade da mama, essa detecção não é tão precoce  assim. Para a paciente, a detecção precoce é a coisa mais importante que se procura obter, porque significa uma cirurgia menor, um prognóstico melhor e uma sobrevida maior”, diz a radiologista.
Tomossíntese: evolução importante para as mulheres
Nos Estados Unidos, há mais de dez anos a mamografia digital passou a substituir a mamografia tradicional, realizada com filmes de raio-X. Hoje, mais de 70% das clínicas de diagnóstico por imagem já adotaram a tecnologia naquele país. No Brasil, a mamografia digital pode ser encontrada nos centros de diagnóstico mais importantes do país. A mamografia 3D (tomossíntese), entretanto, desembarcou no Brasil há menos de um ano, no CDB Premium (São Paulo) – que já realizou mais de 1.300 exames nesse período.

Se a imagem digital é mais nítida, facilitando a detecção precoce do câncer de mama, a tomossíntese representa um avanço ainda mais relevante para a saúde feminina e permite ver o câncer de uma forma nunca antes possível com a mamografia de rotina. O exame leva poucos segundos mais que a mamografia 2D. Assim como na mamografia convencional, a mama é comprimida entre duas partes do aparelho. Mas, ao invés de serem geradas duas imagens, são geradas 15 – num arco de 15 graus.

“Na mamografia tomográfica, como a gente vê os planos em separado, não há a superposição de estruturas da glândula mamária. Já nas mamografias convencionais essa superposição cria imagens falsas, que exigem radiografias complementares para esclarecimento. Na avaliação apresentada em Viena, houve redução de 39% da necessidade de imagens adicionais. Para a paciente, isso significa menos estresse e ansiedade, menos radiação e menos incômodo. Afinal, evita-se que a paciente tenha de retornar ao serviço de radiologia para fazer mais imagens”, diz Aron Belfer. 

Fontes:
Aron Belfer, médico radiologista do CDB Premium (SP)
Vivian Schivartche, médica radiologista do CDB Premium (SP)


Mais informações:
Jornalista responsável: Heloísa Paiva
Assistente de redação: Fernanda Paes
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