sexta-feira, 23 de maio de 2014

Policiais militares fazem ato público pelo fim da impunidade

Policiais militares fazem ato público pelo fim da impunidade

Manifestação, motivada pela morte de policial, foi realizada no Hall das Bandeiras da ALMG, e teve apoio de deputados.

Com camisetas pretas, em sinal de luto, e portando faixas e cartazes em que pediam o fim da impunidade, centenas de policiais militares se reuniram na tarde desta sexta-feira (23/5/14), no Hall das Bandeiras, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), para protestar contra atos de violência que têm vitimado membros da corporação. A manifestação foi motivada pela morte do policial militar André Luiz Lucas Neves, assassinado durante um assalto, no dia 16/5, no Bairro Ouro Preto, Região da Pampulha, em Belo Horizonte.
O ato contou com o apoio do vice-presidente da Comissão de Segurança Pública da ALMG, deputado Sargento Rodrigues (PDT), e do deputado Cabo Júlio (PMDB). Os parlamentares se uniram às reivindicações dos manifestantes, defendendo legislação mais rígida para crimes contra a pessoa e a redução da maioridade penal, que atualmente é de 18 anos. Para isso, propõem reforma de institutos legais, como o Código de Processo Penal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Em discurso, Sargento Rodrigues informou à categoria que se reuniu com lideranças de várias entidades representativas das forças de segurança para debater uma pauta de reivindicações a ser entregue ao Comando Geral da Polícia Militar do Estado. Além de mudanças no Código Penal e no ECA, os policiais pedem também o fim da impunidade e o resgate da autoridade policial. Outra reivindicação da categoria, igualmente defendida pelo parlamentar, é a criação de uma força-tarefa destinada a apurar os crimes cometidos contra os policiais. Segundo o parlamentar, de 2003 até hoje foram mortos 173 servidores de segurança pública, entre policiais civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários.
A exemplo de Rodrigues e dos líderes das entidades de classe, o deputado Cabo Júlio também se pronunciou favoravelmente a mudanças na legislação penal. Segundo ele, há, hoje em dia, “uma inversão de valores” quando “alguns segmentos da sociedade” tentam explicar o aumento da criminalidade por meio de uma análise social, em razão da miséria e da pobreza. “A vítima da sociedade não é o bandido, não, são os que morrem nas mãos dele”, disse.
O ato, do qual participaram familiares do policial André Luiz Neves, foi encerrado com uma missa de sétimo dia celebrada pelo padre Mário Sérgio Bittencourt, presidente do Tribunal Eclesiástico.

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ASSESSORIA DE IMPRENSA ALMG

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