Atividades serão potencializadas com criação de Instituto voltado ao atendimento de crianças com Transtornos do Espectro Autista, que atingem uma a cada 68 pessoas
Estimativas da Organização Mundial da Saúde, baseadas em pesquisas realizadas nos Estados Unidos, apontam que, atualmente, uma a cada 68 crianças convive com Transtornos do Espectro Autista (TEA), que se manifestam de inúmeras formas, sendo caracterizados, fundamentalmente, por prejuízos à linguagem, à comunicação e à sociabilidade. Dificuldades na identificação dos TEA são um entrave frequente ao tratamento, já que as crianças afetadas não apresentam características físicas diferentes das outras e não há marcadores biológicos que determinem o diagnóstico, feito exclusivamente através da observação do comportamento.
Objetivando contribuir para melhorias nesse cenário, o Laboratório de Aprendizagem Humana, Multimídia Interativa e Ensino Informatizado da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), coordenado pelo professor Celso Goyos, do Departamento de Psicologia (DPsi), prepara-se para o início das atividades do Instituto de Ensino, Intervenção e Pesquisa em Transtornos do Espectro Autista, também chamado de Instituto LAHMIEI. Goyos explica que o Instituto, que pretende inaugurar seu espaço físico em 2015, foi idealizado para uma atuação específica no tratamento de crianças autistas. "O atendimento às crianças, realizado através da extensão universitária por pesquisadores e estudantes, é fundamental para a coleta de dados e o desenvolvimento de pesquisas visando novas metodologias de tratamento", destaca o coordenador do Laboratório. Além disso, o Instituto terá a missão de disseminar conhecimento sobre os TEA, com programas de capacitação de pais, professores e profissionais da área da Saúde.
O LAHMIEI já está oferecendo um curso de especialização em Análise do Comportamento aplicada ao Autismo, com cerca de cem alunos de diversas partes do País. Giovana Escobal, pesquisadora associada ao DPsi e coordenadora do projeto do Instituto LAHMIEI, avalia que a grande procura pelo curso aponta para a demanda por formação profissional específica para o tratamento dos TEA. "Há apenas dois anos a pessoa com TEA passou a ser reconhecida legalmente como uma pessoa com deficiência. Isto representou um grande avanço na conquista dos direitos dessas pessoas e um incentivo à busca por capacitação profissional, a partir da demanda de serviços específicos que a garantia do direito cria", afirma. "Pretendemos continuar em busca de recursos para realizar este sonho, que poderá beneficiar a vida de tantas pessoas que precisam e merecem serviços de qualidade para se tornarem mais felizes, produtivas e independentes. A legislação garante educação de qualidade e inclusão social a todo e qualquer cidadão. Os envolvidos com pessoas com TEA procuram capacitação específica para trabalhar com esse público, com muita frequência, por não se considerarem suficientemente preparados para a tarefa de ensinar essas pessoas. Nossa meta é que o Instituto seja uma referência no desenvolvimento de pesquisa, atendimento e capacitação de pessoas que trabalham com Transtornos do Espectro Autista", conclui a pesquisadora.
Atividades
O trabalho do Instituto terá início já na triagem das crianças, quando são identificadas as áreas onde os TEA se manifestam, como, por exemplo, na comunicação. "Observamos se a criança é capaz de imitar palavras, atribuir nomes a objetos, pedir o que precisa, seguir instruções e outras ações verbais. É um teste longo, que busca identificar as falhas no desenvolvimento, que nos dão subsídio para aplicar a metodologia de tratamento de acordo com as especificidades de cada caso, o que é fundamental para um transtorno que pode se manifestar com formas e intensidades tão distintas", explica Celso Goyos.
Com base nessa avaliação, aliada ao diálogo com os pais e professores da criança, são decididos quais caminhos percorrer. Um programa de ensino individualizado será elaborado e aplicado de forma precoce e intensiva, o que significa iniciar o tratamento logo que os primeiros sinais de TEA se manifestam, em um trabalho de 40 horas semanais com a criança. As atividades são meticulosamente registradas, para que o profissional possa avaliar os resultados e realizar correções nos métodos. "Buscamos ensinar à criança algo que a torne mais funcional, ou seja, que proporcione melhora significativa em sua vida. Não esperamos o diagnóstico de autismo para iniciar o tratamento, trabalhamos com as disfunções que, somadas, podem caracterizar um quadro de TEA. O importante é não esperar o desenvolvimento da criança para realizar as intervenções", ressalta o coordenador do LAHMIEI.
Objetivando contribuir para melhorias nesse cenário, o Laboratório de Aprendizagem Humana, Multimídia Interativa e Ensino Informatizado da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), coordenado pelo professor Celso Goyos, do Departamento de Psicologia (DPsi), prepara-se para o início das atividades do Instituto de Ensino, Intervenção e Pesquisa em Transtornos do Espectro Autista, também chamado de Instituto LAHMIEI. Goyos explica que o Instituto, que pretende inaugurar seu espaço físico em 2015, foi idealizado para uma atuação específica no tratamento de crianças autistas. "O atendimento às crianças, realizado através da extensão universitária por pesquisadores e estudantes, é fundamental para a coleta de dados e o desenvolvimento de pesquisas visando novas metodologias de tratamento", destaca o coordenador do Laboratório. Além disso, o Instituto terá a missão de disseminar conhecimento sobre os TEA, com programas de capacitação de pais, professores e profissionais da área da Saúde.
O LAHMIEI já está oferecendo um curso de especialização em Análise do Comportamento aplicada ao Autismo, com cerca de cem alunos de diversas partes do País. Giovana Escobal, pesquisadora associada ao DPsi e coordenadora do projeto do Instituto LAHMIEI, avalia que a grande procura pelo curso aponta para a demanda por formação profissional específica para o tratamento dos TEA. "Há apenas dois anos a pessoa com TEA passou a ser reconhecida legalmente como uma pessoa com deficiência. Isto representou um grande avanço na conquista dos direitos dessas pessoas e um incentivo à busca por capacitação profissional, a partir da demanda de serviços específicos que a garantia do direito cria", afirma. "Pretendemos continuar em busca de recursos para realizar este sonho, que poderá beneficiar a vida de tantas pessoas que precisam e merecem serviços de qualidade para se tornarem mais felizes, produtivas e independentes. A legislação garante educação de qualidade e inclusão social a todo e qualquer cidadão. Os envolvidos com pessoas com TEA procuram capacitação específica para trabalhar com esse público, com muita frequência, por não se considerarem suficientemente preparados para a tarefa de ensinar essas pessoas. Nossa meta é que o Instituto seja uma referência no desenvolvimento de pesquisa, atendimento e capacitação de pessoas que trabalham com Transtornos do Espectro Autista", conclui a pesquisadora.
Atividades
O trabalho do Instituto terá início já na triagem das crianças, quando são identificadas as áreas onde os TEA se manifestam, como, por exemplo, na comunicação. "Observamos se a criança é capaz de imitar palavras, atribuir nomes a objetos, pedir o que precisa, seguir instruções e outras ações verbais. É um teste longo, que busca identificar as falhas no desenvolvimento, que nos dão subsídio para aplicar a metodologia de tratamento de acordo com as especificidades de cada caso, o que é fundamental para um transtorno que pode se manifestar com formas e intensidades tão distintas", explica Celso Goyos.
Com base nessa avaliação, aliada ao diálogo com os pais e professores da criança, são decididos quais caminhos percorrer. Um programa de ensino individualizado será elaborado e aplicado de forma precoce e intensiva, o que significa iniciar o tratamento logo que os primeiros sinais de TEA se manifestam, em um trabalho de 40 horas semanais com a criança. As atividades são meticulosamente registradas, para que o profissional possa avaliar os resultados e realizar correções nos métodos. "Buscamos ensinar à criança algo que a torne mais funcional, ou seja, que proporcione melhora significativa em sua vida. Não esperamos o diagnóstico de autismo para iniciar o tratamento, trabalhamos com as disfunções que, somadas, podem caracterizar um quadro de TEA. O importante é não esperar o desenvolvimento da criança para realizar as intervenções", ressalta o coordenador do LAHMIEI.
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