Dia
do Combate à Infecção Hospitalar: Saiba como evitá-la
Especialistas
esclarecem a importância da higienização das mãos e as principais formas de
lutar contra a infecção que atinge 14% dos pacientes internados no
Brasil
Prevenção
é a principal forma de combate à infecção hospitalar. O cuidado com a saúde e o
simples ato da higienização das mãos é essencial para manter a saúde em dia.
Nesta quarta-feira (15), comemora-se o Dia do Combate à Infecção Hospitalar,
criado para alertar sobre o perigo das superbactérias.
De
acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as infecções hospitalares
atingem aproximadamente 14% dos pacientes internados no Brasil, podendo chegar a
100 mil mortes por ano. Para a OMS, somente a higienização adequada das mãos,
entre o atendimento de um paciente e outro, e antes da realização de qualquer
procedimento invasivo seria capaz de reduzir em 70% os casos de
infecção.
Atento
ao combate de infecção hospital, o Hospital e Maternidade Santa Joana e a
Maternidade Pro Matre, possui uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
(CCIH) muito atuante e presente em todas as áreas, que está embasada em normas
brasileiras e órgãos internacionais reconhecidos no mundo inteiro. Rosana
Richtmann, infectologista e presidente da CCIH do Hospital e Maternidade Santa
Joana, ressalta que uma comparação entre os índices do Grupo Santa Joana e de
hospitais de referência no Brasil e no mundo detectou que o índice de infecção
hospitalar na Instituição é de 0,3%, o que é baixíssimo se comparado à média
nacional de 2,8%. O que é nove vezes menor que a média
nacional.
Para a
infectologista, a higienização mãos é a medida mais eficaz no controle da
infecção hospitalar e deve ser incorporada por todos, em casa, no trabalho ou
mesmo na rua. “O ideal é usar álcool em gel sempre que chegar da rua, antes de
se alimentar, depois de usar o banheiro entre outros”, afirma. Segundo a
doutora, é importante ter sempre um frasco de álcool em gel na bolsa, pois nem
sempre é fácil encontrar uma pia para lavar as mãos, por exemplo, se for fazer
uma refeição na rua. Nessas circunstâncias, ter o álcool em gel resolve a
questão.
As mãos
costumam ser o principal veículo de contágio, pois está diretamente em contato
com objetos e lugares que podem estar contaminados, sendo a porta de entrada
para vírus, fungos e bactérias. A doutora em saúde pública pela USP e
especialista em saúde da pele, pesquisadora da GOJO, Luciana Barbosa, explica
que transformar a lavagem das mãos e o uso do álcool em gel em um hábito
frequente é benéfico para todos e pode salvar mais vidas.
“Lavar
as mãos com sabonete comum (sem ser bactericida) previne 80% das doenças
transmissíveis pelo contato entre mãos, superfícies e outras pessoas. Já o
antisséptico à base de álcool é mais eficaz porque consegue eliminar 99,99% dos
germes mais comuns presentes nas mãos, podendo ser bactérias, fungos e vírus”,
destaca a especialista. Luciana ainda reforça que a principal diferença entre
eles é que o antisséptico não tem enxágue e pode ser utilizado em qualquer lugar
e possui princípio ativo bactericida mais eficaz do que o sabonete, mas ambos
são métodos seguros e indicados para prevenir a
transmissão.
Ainda
segundo a pesquisadora, em 2002 o Centro de Controle de Doenças dos EUA
recomendou a substituição da lavagem das mãos com água e sabão pela utilização
do álcool em gel, espuma ou líquido, pois é mais eficaz, mais barato, resseca
menos a pele e ainda gasta menos tempo. Luciana atenta para o fato de que para
garantir a pele saudável, o álcool em gel deve ter o álcool etílico a 70% e
componentes que atuem na hidratação da pele, caso contrário pode prejudicar a
oleosidade natural e desencadear problemas como ressecamento, irritações,
coceiras, rachaduras e em alguns casos extremos até dermatites e outras doenças
de pele.
A
infectologista do Hospital e Maternidade Santa Joana alerta para o cuidado com a
alimentação. “Manter a rotina de higienização dos alimentos em casa,
especialmente dos alimentos crus, é muito importante. Se for se alimentar fora,
escolha locais que apresentem segurança na manipulação de alimentos”, ressalta.
Ainda, de acordo com Rosana Richtmann, outro fator importante é a etiqueta da
tosse. “Se tossir ou espirrar perto de outras pessoas, não coloque suas mãos na
frente do nariz ou da boca. Use o antebraço, isso evita que as partículas se
espalhem, sem que você utilize sua mão para isso, já que depois vai manipular
objetos e pode espalhar os germes dessa forma”, conclui.
O
Hospital e Maternidade Santa Joana elencou algumas dicas
importantes:
- Mãos
limpas, bebê saudável: se você tem bebê, lave suas mãos sempre antes de iniciar
os cuidados com ele. Nunca se esqueça de lavar suas mãos depois de trocar a
fralda.
-
Circulação restrita: pessoas que já estão infectadas devem evitar circular em
ambientes de grande aglomeração, para não espalhar vírus e
bactérias.
-
Tirando o leite: se você precisa tirar seu leite para congelá-lo e oferecer ao
bebê depois, faça a higiene completa dos utensílios que vai utilizar, inclusive
fervendo bicos e mamadeiras.
-
Imunização em dia: preste atenção para sempre estar com o calendário de
vacinação em dia. Isso não vale só para as crianças. Vacinas como as de gripe
também são recomendadas para alguns grupos de adultos. Procure orientação médica
se tiver dúvidas sobre o assunto.
Sobre o
Hospital e Maternidade Santa Joana: O
Hospital e Maternidade Santa Joana é reconhecido pelos médicos como centro de
referência nos cuidados com a saúde integral da mulher e do neonato,
especializado em gestações de múltiplas e de alto risco. Um dos que mais
investem em tecnologia hospitalar e infraestrutura, o Santa Joana oferece
unidades de terapia intensiva, a mães e bebês, equipadas com o que há de mais
avançado no segmento, bem como uma Unidade de Cuidados Especiais da Gestante,
especializada em gestações de alto risco, serviços de Medicina Geral e
Reprodução Assistida. Mantém uma central de esterilização, com rigoroso controle
de qualidade, que garante ao grupo um dos mais baixos índices mundiais de
infecção hospitalar, 0,3%. É filiado à Rede Vermont, instituição que reúne as
400 melhores unidades neonatais do mundo e tem os seus serviços certificados,
com nível máximo, da Organização Nacional de Acreditação. Visite o
site:www.hmsj.com.br.
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terça-feira, 14 de maio de 2013
Dia do Combate à Infecção Hospitalar: Saiba como evitá-la
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