UMA HISTÓRIA VERDADEIRA
Ralph J. Hofmann
O Rabino Shelomô viajava muito para todos os lugares do planeta.
Assim, era uma personalidade conhecida entre as tripulações das grandes companhias aéreas.
Em um de seus vôos, quando se levantou de seu
assento durante a viagem, observou uma das aeromoças murmurando enquanto
segurava um sidur.(livro de rezas) O Rabino ficou surpreso com a visão
um tanto incomum e esperou até que ela finalizasse suas orações. quando
ela fechou o livro, ele disse:
- Minha santa irmã. Percebi que você estava rezando em um sidur. Por acaso você é judia?
- Apesar de que meus pais não são judeus –
respondeu a aeromoça – fiquei encantada com o judaísmo. Estudei vários
anos com um rabino ortodoxo e depois me converti de acordo com a lei
judaica. Hoje me comporto, como você pode ver, estritamente de acordo
com a Tora (pentateuco) e seus preceitos, conforme dita a halachá.
(conjunto de regulamentos e ditames do judaismo)
- Recentemente – continuou a moça um tanto
desanimada – conheci um rapaz judeu. Mas seus pais se opõem de forma
veemente a nossa relação. Eles não querem permitir que seu filho se case
com uma convertida. Nós gostaríamos muito de formar juntos um lindo lar
judaico, mas ele está muito unido aos seus pais e não quer fazer com
que eles sofram. Ele está arruinado com toda a situação. temo que muito
em breve romperá nossa relação. Acaso você poderia nos ajudar?
- Eu tentarei – ele disse com pena da moça. – Por
favor, dê-me o seu número telefônico e o dos pais dele. Talvez eu
consiga convencê-los a não se oporem ao casamento.
Quando o rabino chegou ao seu destino, telefonou
para o pai do rapaz. tentou explicar que a moça se convertera
sinceramente, sem qualquer outro interesse. O pai foi frio e nada
amistoso. Todas as tentativas para que enxergasse a situação de outra
forma foram inúteis. Quanto mais tentava convencê-lo mais o pai se
mostrava agressivo, até que finalmente gritou: – Saiba que eu sou um
sobrevivente do Holocausto! pelo que D’us (Deus) fez aos judeus por meio
dos outros povos, odeio o judaísmo. ainda assim, nunca aceitarei que
meu filho se case com uma moça de outro povo!
O rabino entendeu que não havia motivo para
continuar a conversa. Gentilmente agradeceu a atenção do interlocutor e
desligou o telefone. Em seguida, ligou para a jovem aeromoça para contar
sobre seu fracasso.
Não foi ela quem atendeu o telefone, mas sim seu pai.
O Rabino começou a conversar com ele e contou sobre
o que tentara fazer por sua filha. Logo o pai da moça também ficou
irritado pela intromissão do estranho naquilo que não lhe dizia
respeito.
O rabino tratou de desculpar-se, dizendo:
- Acaso não está escrito no Talmud (a
jurisprudência uma série de interpretações de problemas e divergências à
luz das regras religiosas compilados em discussões por sábios homens ao
longo dos anos) que o Todo-Poderoso, Ele mesmo, se ocupa-Se em juntar
casais para que se casem? Eu apenas tentei participar um pouquinho…
Acredito que sua filha e este rapaz formariam um lindo lar judaico, e
tenho muita pena de ver que infelizmente isso não acontecerá. Nunca
imaginei que poderia magoar qualquer pessoa com sentimentos como esse.
Por favor, desculpe-me.
Sua voz de preocupação tocou o coração do pai da
moça. Ele começou a chorar e, depois de alguns instantes, disse muito
emocionado:
- Já que o senhor está tão preocupado com minha
filha, eu lhe contarei um segredo que nunca contei a ninguém, e estava
certo que jamais o faria. Todos pesam que eu e minha esposa somos
cristãos, mas não somos de fato. Nós dois somos judeus sobreviventes do
Holocausto, pelo que D’us fez conosco por meio dos outros povos, nós
odiamos o judaísmo. Comportamo-nos como cristãos e educamos nossos
filhos assim. nem eles sabem da verdade.
- então rabino Shelomô admirado – sua filha é
judia de nascimento e os pais do rapaz não verão problemas nesta união!
Revele a verdade para que eles sejam felizes!
O pai da aeromoça concordou e o Rabino convenceu as duas famílias a participarem de uma reunião para conhecerem-se.
O encontro foi marcado para acontecer no hotel onde ele se hospedava.
Primeiro chegou a família da aeromoça. Logo em seguida chegou o rapaz com seus pais.
Logo que se avistaram, o pai do rapaz gritou: “Yankele!” (diminutivo de Jacó )
E o pai da moça respondeu efusivamente: “Hershele!”(diminutivo do nome próprio Herschel )
Eles correram para um abraço longo e apertado, entremeado de beijos e lágrimas.
Depois, eles explicaram para todos os presentes
que, antes de começar a guerra, estudaram juntos em “chavruta” na
Yeshivá.(escola religiosa)
Os dois disseram que estavam certos que seu
companheiro havia desaparecido no Holocausto. Suas memórias começaram a
fluir com muita emoção. Recordaram sua infância com nostalgia e uma
alegria mesclada com as dores da guerra.
Então, um deles disse o que mais comoveu a todos:
- Você se lembra como sonhávamos nossos futuros
quando éramos estudantes Dizíamos que, quando casássemos e tivéssemos
filhos, faríamos todo o possível para que eles se casassem e juntos
formássemos uma linda família! Nós nos esquecemos, mas HaShem (um dos
nomes de Deus) não Se esqueceu!
rjhofmann disse:
O texto não éde minha autoria. Apenas o enviei para o Blog, e a pedido do Giulio, traduzi alguns termos obscuros.
Achei que a história pela sua singeleza, merecia ser apreciada por todos seja apócrifa ou não.
Curiosamente na minha família descobrimos parentes sobreviventes que dávamos por mortos no Holocausto quarenta e cinco ou mais anos apóas o fim da guerra.
Coluna da Mulher
Achei que a história pela sua singeleza, merecia ser apreciada por todos seja apócrifa ou não.
Curiosamente na minha família descobrimos parentes sobreviventes que dávamos por mortos no Holocausto quarenta e cinco ou mais anos apóas o fim da guerra.
Coluna da Mulher
Uma história verdadeira l ou não porém linda, transborda o
coração de ternura.
A presença do amor verdadeiro com as bênçãos do Eterno. Tem
várias lições neste episodio.
A intolerância pelo diferente. Julgamento errado dos pais em questão de
sentimentos.
Mágoa que não devem ser guardas. Muitas vezes pensamos estar certo e não
estamos.
Enternece-me saber que D-us não esquece nunca e as orações
do passado tem efeitos no futuro. O Eterno tem memória e não é surdo nos
escuta, mesmo quando a oração é silenciosa dentro de nossa alma. Uma linda História que nos enternece. Gostei
muito
Dione Fonseca
Este é o limk deste texto se alguem desejar ler o original
Meus agradecimentos ao blog