segunda-feira, 29 de julho de 2013

Diabéticos sofrem com a falta de medicamentos gratuitos e a impossibilidade de comprá-los

Diabéticos sofrem com a falta de medicamentos
gratuitos e a impossibilidade de comprá-los


No início deste mês foram divulgadas notícias de que muitos diabéticos têm encontrado dificuldades para conseguir os remédios distribuídos gratuitamente pelo governo que os ajudam no controle da doença. De acordo com uma denúncia, no Pronto Atendimento Ib Gatto Falcão, em Maceió (AL), os pacientes ficaram mais de um mês sem receber o medicamento Metformina. Na Bahia, onde o problema também foi registrado, um grupo de diabéticos, sem conseguir os medicamentos necessários, entrou com uma ação no Ministério Público.

“Muitos diabéticos não realizam corretamente o tratamento medicamentoso prescrito pelo médico porque, infelizmente, não têm dinheiro para comprar os medicamentos indicados pelo especialista e dependem desse auxílio. É inadmissível permitir que isso aconteça”, diz Fabio Hansen, diretor da PBMA – Associação Brasileira das Empresas Operadoras de PBM (Programa de Benefício em Medicamentos). “É urgente que se criem as mínimas condições para que a população possa se tratar, cuidar da própria saúde”, completa.

Na opinião de Hansen, como os investimentos públicos nessa área não são suficientes, a iniciativa privada ganha extrema importância e deveria ser estimulada pelo governo, indicando o PBM como uma importante opção para a solução desse problema no país. As empresas que adotam o PBM oferecem a seus funcionários subsídios para a compra de medicamentos. Alguns remédios podem ser até 100% subsidiados, embora a média praticada pelas empresas brasileiras seja da ordem de 50%.

“Com esse benefício, o poder de compra das pessoas aumenta, permitindo que muitos tenham as condições necessárias para seguir corretamente o tratamento. No caso do diabetes, o uso contínuo de medicamentos é fundamental para o controle da doença”, diz Hansen. Pesquisa feita pela PBMA revelou que o número de beneficiários que recorreram a medicamentos subsidiados para diabetes cresceu 5,6% no primeiro trimestre do ano, na comparação com o mesmo período de 2012.

No Brasil, funcionários de grandes empresas como Oi, Unilever, IBM, Nestlé e Petrobras já recebem o subsídio do empregador para a compra de remédios.

Mortes - Cerca de 9.500 pessoas morreram em 2012 só no Estado de São Paulo por complicações decorrentes do diabetes, de acordo com a Secretaria de Saúde. É mais de uma morte por hora durante todo o ano. E uma das prováveis causas para esse elevado número de óbitos é a dificuldade de muitos pacientes em ter acesso a medicamentos que permitem o controle da doença.



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