Diabéticos sofrem com a falta de
medicamentos
gratuitos e a impossibilidade de comprá-los
No início deste mês foram divulgadas notícias de que muitos
diabéticos têm encontrado dificuldades para conseguir os remédios distribuídos
gratuitamente pelo governo que os ajudam no controle da doença. De acordo com
uma denúncia, no Pronto Atendimento Ib Gatto Falcão, em Maceió (AL), os
pacientes ficaram mais de um mês sem receber o medicamento Metformina. Na Bahia,
onde o problema também foi registrado, um grupo de diabéticos, sem conseguir os
medicamentos necessários, entrou com uma ação no Ministério Público.
“Muitos diabéticos não realizam corretamente o tratamento
medicamentoso prescrito pelo médico porque, infelizmente, não têm dinheiro para
comprar os medicamentos indicados pelo especialista e dependem desse auxílio. É
inadmissível permitir que isso aconteça”, diz Fabio Hansen, diretor da PBMA –
Associação Brasileira das Empresas Operadoras de PBM (Programa de Benefício em
Medicamentos). “É urgente que se criem as mínimas condições para que a população
possa se tratar, cuidar da própria saúde”, completa.
Na opinião de Hansen, como os investimentos públicos nessa área
não são suficientes, a iniciativa privada ganha extrema importância e deveria
ser estimulada pelo governo, indicando o PBM como uma importante opção para a
solução desse problema no país. As empresas que adotam o PBM oferecem a seus
funcionários subsídios para a compra de medicamentos. Alguns remédios podem ser
até 100% subsidiados, embora a média praticada pelas empresas brasileiras seja
da ordem de 50%.
“Com esse benefício, o poder de compra das pessoas aumenta,
permitindo que muitos tenham as condições necessárias para seguir corretamente o
tratamento. No caso do diabetes, o uso contínuo de medicamentos é fundamental
para o controle da doença”, diz Hansen. Pesquisa feita pela PBMA revelou que o
número de beneficiários que recorreram a medicamentos subsidiados para diabetes
cresceu 5,6% no primeiro trimestre do ano, na comparação com o mesmo período de
2012.
No Brasil, funcionários de grandes empresas como Oi, Unilever,
IBM, Nestlé e Petrobras já recebem o subsídio do empregador para a compra de
remédios.
Mortes
- Cerca de 9.500 pessoas morreram em 2012 só no Estado de São Paulo por
complicações decorrentes do diabetes, de acordo com a Secretaria de Saúde. É
mais de uma morte por hora durante todo o ano. E uma das prováveis causas para
esse elevado número de óbitos é a dificuldade de muitos pacientes em ter acesso
a medicamentos que permitem o controle da doença.
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