quinta-feira, 21 de maio de 2015

conscientização das mulheres grávidas para não beber durante a gestação



Academia Brasileira de Neurologia apoia campanha da Sociedade de Pediatria em prol da conscientização das mulheres grávidas para não beber durante a gestação

A campanha #GravidezSemAlcool objetiva levar à população o maior número de informações sobre a SAF – Síndrome Alcoólica Fetal

A Academia Brasileira de Neurologia (ABN) acaba de abraçar a campanha #GravidezSemAlcool, da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), contra a Síndrome Alcoólica Fetal – SAF.
A campanha alerta a população paulista e brasileira sobre os malefícios da exposição pré-natal a qualquer tipo e quantidade de bebida alcoólica – evidências médicas demonstram que um só gole pode acarretar problemas graves e irreversíveis ao bebê.
São distúrbios que, revelados logo ao nascimento ou mais tardiamente, perpetuam-se pelo resto da vida, acarretando prejuízos físicos, psicológicos e ao sistema nervoso central.
De acordo com a Dra. Conceição de Mattos Segre, coordenadora do Grupo de Estudos sobre os Efeitos do Álcool na Gravidez, no Feto e no Recém-nascido da Sociedade de Pediatria de São Paulo, a campanha é mais uma iniciativa da Sociedade de Pediatria de São Paulo voltada a garantir a qualidade de vida da população e das crianças brasileiras.
“Temos percebido que poucas pessoas conhecem os efeitos do álcool sobre a gestante, feto e recém-nascido. Ingerir bebidas alcoólicas na gravidez é uma sentença condenatória para a vida”, comenta a Dra. Conceição.
Segundo o Dr. Mário Roberto Hirschheimer, Presidente da SPSP, a SAF é um problema que afeta toda a sociedade, não só na área de saúde, mas também na de segurança, por poder se manifestar como comportamento desequilibrado e, por vezes, agressivo.
 A campanha #gravidezsemalcool contra a Síndrome Alcoólica Fetal tem apoio institucional da Marjan Farma e parcerias com a ABN (Academia Brasileira de Neurologia), SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), Sogesp (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo), APM (Associação Paulista de Medicina), Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), Federação das Associações Brasileiras de Ginecologia e Obstetrícia, Academia de Medicina de São Paulo e ABMM-SP (Associação Brasileira das Mulheres Médicas – Seção São Paulo).

Sobre a Síndrome Alcoólica Fetal
O conjunto de efeitos decorrentes do consumo de álcool, em qualquer dosagem ou período da gravidez, é chamado de “espectro de distúrbios fetais relacionados ao álcool”, que inclui a SAF. Isso não significa que todos os bebês expostos serão afetados, mas a probabilidade é alta.
A Síndrome Alcoólica Fetal apresenta diversas manifestações, desde malformações congênitas faciais (dismorfias), cardíacas, renais e neurológicas, a alterações comportamentais. Além disso, o baixo peso ao nascer e comprometimento do sistema nervoso central também são características da SAF. No mundo, a cada mil nascidos vivos, de um a três nascem com a síndrome.
No decorrer do desenvolvimento, os pacientes com a síndrome podem apresentar retardo mental, problemas motores, de aprendizagem, memória, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, entre outros. Adolescentes e adultos demonstram problemas de saúde mental em 95% dos casos, como pendências com a lei, comportamento sexual inadequado e dificuldades com o emprego.
A SAF acomete uma criança de forma completa ou incompleta. Quando completa, o recém-nascido tem os sinais faciais, como pálpebras pequenas, lábio superior muito fino, nariz antevertido e com base achatada, entre outros sinais, além dos problemas mentais e psíquicos. Quando de forma incompleta, os sinais faciais não existem, mas há o risco de sequelas como retardo mental, problemas de aprendizagem etc.
Existem alguns sinais do sistema nervoso central que podem ser identificados em ultrassonografia na fase antenatal, mas não é simples. Por isso, ainda de acordo com a Dra. Conceição Segre, o diagnóstico é dado somente depois do nascimento. “O pior de tudo é que para cada criança que tem a síndrome completa, pelo menos dez tem a incompleta, ou seja, não tem os sinais faciais, mas tem os problemas, que só aparecem anos mais tarde, quando ela vai para a escola”, conclui.
Vale lembrar que os efeitos do álcool ocasionados pela ingestão materna de bebidas alcoólicas durante a gestação não tem cura. Porém, o diagnóstico precoce da doença e a instituição de tratamento multidisciplinar ainda na primeira infância podem abrandar suas manifestações.

Assessoria de Imprensa
Acontece Comunicação e Notícias

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