sexta-feira, 17 de abril de 2015

Situação de instituição de Pouso Alegre preocupa deputados e autoridades do Sul de Minas.

Dívida compromete atendimento do Hospital Samuel Libânio


Os problemas financeiros do Hospital das Clínicas Samuel Libânio, em Pouso Alegre (Sul de Minas), prejudicam o atendimento dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Endividada, a instituição, que atende pacientes de toda a região, já enfrenta inclusive falta de leitos para internações. O assunto foi discutido em reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizada no município nesta quinta-feira (16/4/15).
O hospital universitário atende pacientes de 153 municípios da região e realiza procedimentos de alta complexidade. Em 2014, foram quase 80 mil atendimentos pelo SUS, dos quais 15 mil eram casos urgentes e outros 31 mil eram de pouca urgência, segundo o presidente da instituição, Rafael Tadeu Simões. “Será que a nossa atenção básica está efetivamente funcionando? Vejo pessoas ansiosas esperando até 12 horas para serem atendidas. Estamos com o hospital lotado, até sem leitos particulares disponíveis”, desabafou.
O presidente do hospital relatou dívidas bancárias no valor de R$ 50 milhões, além de dificuldades em obter empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo ele, o hospital só está funcionando graças à fundação que o mantém e a refinanciamento obtido na Caixa Econômica Federal. “Nem o Estado nem o município assumem a nossa dívida. E quem vai pagar nossos prestadores de serviço?”, questionou.
O vice-presidente da regional Pouso Alegre do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-MG), Ricardo Zambrana, disse que muitas vezes os hospitais regionais de maior porte ficam sobrecarregados porque a própria população prefere recorrer a eles do que usar o serviço de atenção básica.
A secretária municipal de saúde de Pouso Alegre, Giselly Gianini Pelegrini, disse que o município tem se esforçado para fortalecer a atenção primária, investindo mais do que o mínimo previsto em lei. “Assumimos no ano passado o sistema de atenção básica e a gestão dos contratos dos procedimentos de média e alta complexidade, dentre eles os do Hospital Samuel Libânio. Precisamos que os procedimentos mais simples sejam feitos regionalmente, desafogando os hospitais maiores”, disse. Sobre a dívida do Hospital Samuel Libânio, a secretária disse ter solicitado auditoria independente que constatou que a dívida que compromete a instituição não é de responsabilidade do município.
Leia matéria na íntegra no Portal ALMG.

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